Olhares de inverno
Olhares de inverno
A minha janela vestiu-se de inverno...
E de nuvens espessas emoldurou as árvores despidas e os pardais fugidios,
As vidraças cintilam cristais que se alongam sem pressa, como estes dias de cinza...
Da minha janela oiço o vento,
agitam-se as azáleas que rasgam de verde a tarde opaca,
vislumbro as violetas, trémulas e minúsculas... Quase lhes sinto o doce perfume.
Da minha janela, o céu vai-se fechando,
não tarda a trancar a noite,
e brandamente aconchegá-la com colchas de neblina.
Corro as cortinas,
lá fora... só o breu persiste...
D.P.
Comentários
Enviar um comentário