Esboços ao luar

  Carpe Diem      Hoje o sol brilhou intensamente. Resolvi saboreá-lo! Estava a precisar de uma pausa, de um instante para o que adoro fazer: tratar do meu jardim! Há quanto tempo a chuva não me deixava sair para cuidar das minhas plantas! E está tudo tão triste, como tristes têm sido estes dias de confinamento...      Mas o sol brilhou e não pude desperdiçar a oportunidade de sentir o seu calor, porque de facto estava quentinho lá fora, de olhar o céu, fechar os olhos e inspirar profundamente  alimentando a minha alma (não sei se tenho...).       Esqueci o trabalho que tenho pendente e fui viver lá para fora! Como gosta de dizer uma amiga do coração: Carpe Diem! E foi isso que eu fiz, aproveitar o dia. Amanhã logo se verá.      É importante que façamos uma pausa neste frenesim do dia a dia, respirar lentamente e deixar que a vida nos envolva num abraço delicado e nos dê a força para continuar.    ...

27 de janeiro de 1945 Uma data para nunca ser esquecida! Os portões de Auschwitz abrem-se para libertarem os prisioneiros que ainda restam depois do mais brutal e horrendo Holocausto que a História viveu. Não fosse esta pandemia, não fosse esta obrigação de confinamento e na escola esta data seria lembrada.  Não podemos, não devemos esquecer o que o Homem consegue fazer ao seu semelhante, até onde a loucura, o devaneio de uma turba conduzida por um alucinado pode levar. Resolvi por isso partilhar este artigo da Revista Visão, que de uma forma clara e concisa  nos pode ajudar a não esquecer... D.P. https://visao.sapo.pt/atualidade/mundo/2021-01-27-auschwitz-o-dia-em-que-a-liberdade-chegou/

Hoje foi o dia de eleições presidenciais e não fosse este contexto de pandemia seria em tudo igual a outros atos eleitorais pós 25 de Abril. Seria? Não, seguramente não seria!!! O país está doente, o mundo está doente, cheira a morte, a desespero, a angústia, a tristeza, a dor… É urgente sairmos deste torpor, é urgente voltarmos à vida, à normalidade, aqui e no Mundo… Hoje foi um dia triste para mim, a acrescentar à tristeza destes últimos meses, repletos de incerteza e dor… Seria mais um domingo, em casa, passando o tempo a arrumar papéis, gavetas onde se amontoam coisas mais ou menos insignificantes ou a organizar os livros que se vão atirando para as prateleiras sem tempo para serem lidos… hoje, perdi-me a decorar uma pequena caixa de sapatos, onde coloquei uma etiqueta: “Memórias”… Simples, o título. Simples, o conteúdo… Simples? Não! Doloroso… Guardei nela, cartões teus, canetas de tinta permanente que atravessaram o Atlântico para te serem ofertadas pelos teus parentes do Brasil…...